quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mate um dragão

“Séculos atrás, quando o mundo conhecido era menor que o pergaminho no qual seu mapa era traçado, os cartógrafos faziam a figura de um dragão na borda do rolo.

Era um aviso para o explorador: a partir dali  ele estaria entrando em território desconhecido por sua conta e risco.

Infelizmente, alguns tomavam a marca ao pé da letra, temerosos de se aventurar por novos mundo. Outros mais ousados, viam no dragão um símbolo de boas oportunidades, uma porta para terras virgens.

Todos nós temos na cabeça um mapa mental do mundo. É a informação que usamos para enfrentar o dia-a dia. Assim como na antiguidade, nossos mapas também têm dragões. Eles representam tudo o que, por algum motivo, não queremos ousar ou levar adiante. Talvez seja o medo de falar em público, o receio de ir a uma festa onde não conhecemos ninguém, a dificuldade que temos diante de um esporte… Às vezes esses dragões têm razão de ser, outras servem apenas para inibir o explorador e afastá-lo do caminho da descoberta.”

Roger Von Oech em seu livro “ Um chute na rotina”, sugere que sejamos um explorador, que ousemos, que quebremos a rotina para descobrir algo maior e talvez melhor.

Quantas oportunidades não perdemos por medo de mudanças? Quantas vezes não nos acomodamos, infelizes, por falta de iniciativa?

Ousar não significa agir impensadamente. Nenhum explorador partia para possíveis aventuras sem antes preparar-se e estudar todas as possibilidades. Quem assim o fez certamente não chegou a lugar algum.

Quando pequena, na escola, diziam-me que o Brasil fora descoberto ao acaso.  Na verdade, o comandante da frota sabia exatamente o que estava fazendo quando aqui chegou.

Somos todos integrantes desta nave e podemos escolher entre ser comandados ou comandar. Devemos assumir as rédeas de nossa vida, assumir os riscos.

Certamente é muito cômodo deixar as coisas acontecerem e ficar assistindo de camarote mas, se quisermos ser protagonistas, devemos encarar o palco e mostrar a cara, estar sujeitos à chuva de ovos e tomates ou receber aplausos.

Somos nós que escolhemos o que queremos ser.

Pode custar caro a ousadia mas você nunca saberá se vale a pena ou não se não tentar.

6 comentários:

vieira calado disse...

Gostei do seu texto...

pedagógico!

Bjs

O mar me encanta completamente... disse...

Quantos dragões temos que matar por dia, minha linda...
E vc tem razão, temos que ser protagonistas de nossas vidas, não apenas meros espectadores.

Beijinho de saudade.

Eduardo Montanari disse...

Eu sempre fugi dos meus dragões. Por conta disso hoje, eu os enfrento com muita dificuldade. Mas pelo menos parei de fugir. Já é um começo.

Phivos Nicolaides disse...

Oi amiga. Todos temos NÓS NA cabeça UM mapa mental do Mundo. E a Informação Que usamos par enfrentar o dia-dia um. Assim como na Antiguidade, Nossos Dragões dez mapas Também. Você está absolutamente certo! Impressionante artigo. Gostei muito. Felipe Travelling

Anônimo disse...

Angela, bom dia!Sendo aqui a primeira vez que aporto, nem tomei conhecimento de dragões, e em tuas palavras fui adentrando, e estou de acordo em gênero, número e grau com o que tu disseste.
Te aplaudo de pé, porque é a mais pura realidade. Quantaz vezes na escola, não fiquei paralizado por medos infundados.
Medo de ser vaiado, criticado, ou quem sabe até elogiado.
Despi-me de tudo isso, e me atirei nas águas do destino e posso dizer que chegeui aqui inteiro! rsr
Deixo a ti meu abraço, desejo uma ótima semana cheia de paz, amor e felicidades.
Estou a te seguir.

Ester disse...

Que belo texto! Quantas lições aqui aprendidas,
Gostaria de ler esse livro,
são coisas que precisamos ler em cada curva da vida,

saudades de vc, amiga!

Abraços renovados!
Ester
.~.~.