“Todos nascem livres e guais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.”
(Declaração Universal dos Direitos Humanos)
Basta ligar a TV para percebermos como a humanidade ainda se divide em “castas”.
Os ricos e poderosos e os pobres, os brancos e os negros, os ocidentais e os orientais, os magros e os gordos, os altos e os baixos, os lindos e os feios, os cdfs e os da “tchurma”, os nativos e os estrangeiros, os católicos e os muçulmanos, os hetero e os homo, os normais e os “especiais”, enfim são tantas as classificações… e, se elas existem, é porque existe segregação e, se existe segregação existe exclusão.
Ser diferente é sempre um problema.
Se estamos em um país onde a maioria é branca, ser negro é um problema, se estamos em um país onde a maioria é negra, ser branco é um problema. E assim acontece em todos os países do mundo. Ser diferente depende do lugar onde você está e da cultura local.
Mas creio que uma luta se faz presente e deve ser igual no mundo todo. O problema da Aides
Este é um problema que precisa ser encarado com seriedade.
Precisamos orientar as pessoas, prevenir o seu avanço, garantir o tratamento, permitir acesso a medicamentos, melhorar a qualidade de vida, a auto-estima mas, acima de tudo, denunciar a discriminação e o preconceito.
De acordo com o Cebes -Centro brasileiro de Estudos de saúde- em 2007 houve uma diminuição no avanço da doença:
”A cada dia de 2007, pelo menos 7,4 mil pessoas no mundo foram infectadas pelo vírus da aids. Praticamente todas em países pobres. A metade, jovens entre 15 e 24 anos. Os números, divulgados ontem pelo programa das Nações Unidas para Aids (Unaids) são comemorados por representar uma pequena queda nos casos em comparação com anos anteriores. Mas a epidemia, que já contaminou 33 milhões de pessoas no mundo, continua com a mesma face: atingindo cada vez mais pobres e cada vez mais jovens.”
Infelizmente não é o que vimos ano passado. A Aides avança , principalmente entre as mulheres que muitas vezes são vítimas do machismo dos próprios maridos que se recusam a fazer sexo seguro e, também entre as pessoas da terceira idade.
Mas é preciso garantir que estas pessoas, principalmente as crianças que nascem já contaminadas pelo vírus tenham acesso às escolas e o direito de brincar com as outras crianças.
É preciso garantir também suas necessidades vitais: alegrias, sorrisos, afetos, brincadeiras, amizades.
Todo dia é dia de luta contra a Aides, mas também todo dia é dia de lembrar-se que a discriminação e o preconceito mina ainda mais as reservas de auto estima da pessoa tornando-a ainda mais vulnerável.
Não sejamos também nós mais um vírus neste mundo a destruir nosso irmão com palavras, olhares, rejeições…
Lembremos sempre que somos todos nós criaturas frágeis e necessitadas.
Aquele que suaviza a dor e o sofrimento, que é solidário e acolhedor que espalha alegria e amor estará contribuindo para um mundo mais fraterno.
Afinal, somos todos irmãos.