http://sudoku.net.br/puzzle/dificil/1/
Viver é um exercício difícil, é como resolver SUDOKO.
No início parece fácil mas depois a coisa vai ficando cada vez mais intrincada. Para se achar a posição correta de cada número precisamos verificar todas as coordenadas, analisar cada hipótese e não ser afoito.
Às vezes se torna tão complicado que parece impossível resolvê-lo. Quanto maiores forem as possibilidades de se colocar os números, maiores também as possibilidades de erro e, quanto mais tempo ficamos a “remoer” as idéias tentando resolver, parece que menos conseguimos encontrar a solução.
Quantas vezes alguém se aproxima nesta hora e, em segundos, nos aponta uma solução tão clara que nos faz corar.
Estava tão evidente… só que a proximidade nos impedia de enxergar.
Também nossos problemos diários são assim, sempre parecem maiores do que realmente o são.
Buscar respostas pressupõe ação. Ação requer energia e nem sempre estamos dispostos. Alguns se dizem incapazes, outros tentam, se irritam e desistem. Tem também aqueles que se contentam em preencher os espaços olhando a resposta pronta. Só os mais persistentes são capazes de terminar, mas até eles muitas vezes precisam aprender a dar um tempo. Tudo fica mais fácil quando a cabeça está mais “fria”.
O prazer de vencer um desafio é único, pessoal e intransferível.
Viver é um pouco isto: vencer desafios. É andar sobre um fio e tentar manter-se equilibrado. Este fio não deve estar muito frouxo nem também muito esticado. O segredo é ter os pés bem apoiados sobre ele, manter os olhos no horizonte e sentir cada passo sem olhar para baixo, caminhar confiante e saber que se por algum motivo cairmos podemos nos levantar e com graça e elegância retomar a caminhada.
Alguns, mais medrosos exigem sempre rede de ´proteção, querem alguém que lhes ampare. Mas onde está a emoção, o prazer de vencer os obstáculos?
É como andar de bicicleta. Para aprender são inevitáveis os tombos. Quem não ousar tirar as “rodinhas de proteção” nunca será um ciclista, será sempre um aprendiz.
Se receberemos vaias ou aplausos no final pouco importa. Importante mesmo é a travessia e como a faremos só depende de nós. Nem Deus quis se meter nisto e para tal nos deu livre arbítrio.
Viver dói, mas só se vive uma vez e devemos fazer nossa vida valer a pena.