sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Um dia muito especial


Já utilizei deste espaço para desabafar, criticar, agradecer, retribuir, homenagear e muitas outras coisas.
Hoje quero fazer um registro. Como quem usa um diário. Quero deixar registrado um dia muito especial em minha vida.
Claro que já tive muitos outros, nascimento dos filhos , etc etc etc.. mas este 26 de novembro, certamente ficará para sempre em minha memória.
Tive a felicidade de encontrar-me com um grande amigo, que veio da Itália para conhecer a minha família.
Nos conhecemos pela internet e, este ano tive a oportunidade de ir até a casa dele e conhecer toda a sua família.
Temos o mesmo sobrenome, mas dificilmente saberemos se somos parentes ou não.
Tudo indica que sim e que muito, muito antigamente, nossos ancentrais eram comuns.
Como saber?
Algumas palavras de seu dialeto (e isto é uma marca de identidade na Itália) são as mesmas que ouvia meu pai usando; também certas características físicas, costumes e até gostos pessoais...
Pode ser só coincidência, mas coincidência ou não, o fato é que hoje nos consideramos parentes.
É a pessoa mais bondosa que já conheci na vida. Desprendida e gentil. Sempre pronta a ajudar os outros. Vive nas proximidades das montanhas do norte da Itália, (pré Alpes) "I Dolomiti" portanto convive con a neve...Imagine quanto está sofrendo aqui nos trópicos, com o calor que faz nesta época.
Mas, quando o que nos move é a amizade, tudo o mais é irrelevante.
Sou uma pessoa de muita sorte. Tenho encontrado pessoas maravilhosas na internet e acabo fazendo amizades muito reais.
Este não foi o primeiro caso. Já escrevi sobre uma grande amiga que fiz já há alguns anos, também italiana, e que conheci pessoalmente quando estive na Itália.
Se chama Kátia e trabalha o dia todo em Verona. Sua família vive na cidade natal de meus avós.
Para mim é mais que um presente, é uma verdadeira jóia rara poder participar de seu rol de amizades. Sinto-me assim tão perto de minhas origens que até parece que nos conhecemos de outros tempos...
Mas, dia 26 foi também muito especial porque conheci outra grande amiga virtual: a Sharlene
Uma garota muito especial em todos os sentidos: dona de uma sensibilidade única, de um coração enorme e autora do blog "Meus detalhes vividos.
Nos tornamos mais que amigas. Já lhe disse que agora ela é minha filha do coração.
Quando ela ficou sabendo que eu estaria em Sampa para buscar meu primo que chegava da Itália, foi até à rodoviária só para nos conhecermos.
Nem preciso dizer que o tempo passou voando e precisei segurar as lágrimas quando nos despedimos.
Se tudo isto não bastasse presentou-me com um enfeite de Natal, feito por ela mesma e uma linda cartinha que guardarei com todo o carinho do mundo.
Sua imagem ainda trago em minha mente, bem como seu sorriso, sua meiguice, seu modo carinhoso de ser, seu abraço gostoso... são coisas que jamais esquecerei.
Obrigada Sharlene por existir, por oferecer-me sua amizade e permitir que eu faça um pouquinho parte de sua história.
Quem tem amigos tem tesouros.
Sou portanto, uma pessoa muito rica e feliz porque este tesouro se guarda num cofre chamado coração.
Pode-se caminhar tranquilamente com ele, ostentá-lo, e quando mais o dividimos maior ele fica.
É uma coisa verdadeiramente mágica.
A chave para este tesouro?
Basta um sorriso e uma dose bem grande de sinceridade.
E quando bate aquela dorzinha chamada saudade basta um pensamento para estarmos sempre próximos de quem amamos.
Como disse "Shá", não precisamos nem de palavras, os olhos falam por nós e expressam aquilo que o coração sente.
Parodiando a mensagem do seu Blog: "É por acaso que as pessoas entram em nossas vidas mas não é por acaso que elas permanecem."
Que assim seja.

Um dia muito especial

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Coisas da vida


Nas luzes da manhã,
sobre as pétalas róseas
sirvo de espelho para tua alma.
Reflito aquilo que te vais n'alma.
Como lágrima escorro suavemente
até encontrar o solo ressequido.
Neste pingar lento e sereno
levo a vida.
Ou será que é a vida quem me leva?
Sempre apressado passas por mim
e não me vês...
Sempre olhas para o vazio,
por isto sou apenas uma incógnita.
Quando não me acabo no chão
evaporo com os primeiros raios do sol
e você nem me percebes.
Coisas da vida...
Fazer o quê?

Angela Leda
26/11/2008

Obrigada pelo selinho Agda.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Uma história do Mestre Benjamim


A tenda do Mestre Benjamim estava cheia. Uma velhinha de voz trêmula e pele cheia de rugas lhe pediu: "Mestre, fale-nos sobre Deus..."
Mestre Benjamim fez silêncio. Olhou para o vazio. Vagarosamente um sorriso foi-se abrindo.
"Quantas pessoas aqui, na minha tenda, estão pensando no ar? Por favor, levantem a mão..."
Ninguém levantou a mão.
"Ninguém levantou a mão... Ninguém está pensando no ar. E, no entanto, todos nós o estamos respirando. O ar é a nossa vida e não precisamos pensar nele nem dizer seu nome para que ele nos dê vida. Mas o homem que se afoga no fundo das águas só pensa no ar. Deus é assim. Não é preciso pensar nele e pronunciar seu nome. Ao contrário, quando se pensa nele o tempo todo é porque está se afogando...
" Que desejamos para nossos filhos? Que eles sejam felizes. Sorrimos ao vê-los por aí a correr, a cantar e a brincar, pensando nas coisas de criança.
Mas enquanto brincam e riem eles não pensam em nós. Se um filho, ao se levantar viesse até você e o elogiasse, e agradecesse porque você lhe deu a vida e jurasse amor para sempre, e fizesse a mesma coisa na hora do almoço, e repetisse ao meio da tarde e de noite fizesse tudo de novo, suspeitaríamos de que alguma coisa não está bem. O que desejamos é que eles gozem a vida sem pensar em nós. Quem pensa demais e fala demais sobre Deus é porque não o está respirando."
Fez-se silêncio. Foi quando uma lufada de vento entrou pela tenda, fazendo balançar a lâmpada de óleo que pendia do teto.
"Deus é como o vento. Sentimos na pele quando passa, ouvimos a sua música nas folhas das árvore e o seu assobio nas gretas das portas. Mas não sabemos de onde vem nem para onde vai. Na flauta o vento se transforma em melodia. Mas não é possível engarrafá-lo. Mas as religiões tentam engarrafá-lo em lugares fechados a que eles dão o nome de "casa de Deus". Mas se Deus mora numa casa estará ausente do resto do resto mundo? Vento engarrafado não sopra..."
Ouviu-se então o pio distante de uma coruja.
"Deus é como um pássaro encantado que nunca se vê. Só se ouve o seu canto... Deus é uma suspeita do nosso coração de que o universo tem um coração que pulsa como o nosso. Suspeita... Nenhuma certeza. Deus nos deu asas. mas as religiões inventaram gaiolas.
Tudo o que vive é pulsação do sagrado. As aves do céu, os lírios dos campos... Até o mais insignificante grilo, no seu cri-cri rítmico, é uma música do Grande Mistério.
É preciso esquecer os nomes de Deus que as religiões inventaram para encontrá-lo sem nome no assombro da vida. Não precisamos dizer o nome -rosa- para sentir seu perfume.
Deus mora no nosso mundo, passeia pelo jardim. Deus é beleza. Quer ver Deus? Veja a beleza do Sol que se põe. Quer ouvir Deus? Entregue-se à beleza da música.
Quer sentir o cheiro de Deus? Respire fundo o cheiro do jasmim. Quer saber como é o coração de Deus? Empurre uma criança num balanço.Eu vejo Deus em cada uma das vinte e quatro horas e em cada instante de cada uma delas, nos rostos dos homens e das mulheres eu vejo Deus."
Ouvindo estas palavras a velhinha sorriu para o mestre Benjamim e fez um sinal com a mão, abençoando-o.

Do livro "Perguntaram-me se acredito em Deus" de Rubem Alves.

domingo, 23 de novembro de 2008

Joio e trigo.


Desde criança que ouvia falar do apocalipse... e quando falavam via nos rostos sempre um sinal de apreensão, de medo... um medo que vinha do interior, um medo quase irreal, um medo de coisas inimagináveis...
Eu era criança e aprendia no catecismo coisas sobre o céu e o inferno e que devíamos ter medo do "diabo" e sempre pedir proteção à Deus.
Em casa, havia o maior respeito com os santos, as coisas sagradas, a ponto de se cobrir todos os santos e espelhos na semana santa e, na sexta-feira da paixão,jejuar e não se olhar nos espelhos nem para se pentear...
Havia também respeito para com os mortos. Quando alguém morria rezava-se missa e se fazia novenas e o cemitério era chamado "campo-santo". E eles realmente descansavam em paz.
As crianças nunca se intrometiam nos assuntos dos mais velhos e brincavam felizes, esperando pelo "Papai Noel", procurando serem boazinhas para ganhar o esperado presente, que muitas vezes acontecia só no Natal mesmo e, era apenas um.
Com ele se brincava o ano inteiro e aprendia-se a conservá-lo, a ter carinho pelo que se tinha, se valorizava cada gesto de atenção, de carinho, de afeto.
Tempos antigos? Nem tanto... Passou-se menos de meio século e hoje podemos ver que tudo está mudado.
O Natal está chegando e a grande preocupação está nas compras que se fará para o Natal, como se já não se consumisse e se comprasse tudo que se precisa durante todo o ano.
Costumo dizer que hoje fazemos Natal todo dia, no que se refere a comilança... Hoje comemos frutas, castanhas e nozes em qualquer tempo, também o panetone está a disposição o ano todo...Refrigerante, que era artigo de luxo, hoje temos para escolher e beber a qualquer hora. Alguns até já substituiram a água por ele.
As crianças fazem lista de presentes ao bom velhinho, que sabem não existe, mas fingem acreditar e vão aos shopping com os pais para comprar tudo o que querem... Aprendem desde cedo a consumir e a enganar-se e fingir como os pais.
O fato mais importante do Natal fica em segundo plano... Jesus? Quem é ele? Aquele cara que morreu na cruz? Que tolice!!!
Respeito aos mais velhos? Coisa de babaca, de gente ultrapassada...Hoje o que impera é o "eu". Cheguei primeiro no ônibus, sento. Tenho direito... "tô pagano"...
A falta de respeito para com os idosos ou deficientes é tanta que já foi preciso leis para reservar vagas para eles nos ônibus, trens, estacionamentos...
Esta semana presenciei una cena lamentável de desrespeito.
Fomos assistir a apresentação de grupos de jovens que participaram durante o ano de vários projetos sociais em nossa cidade.
Jovens, principalmente de bairros, tiveram a oportunidade de aprender a tocar instrumentos musicais de corda, de sopro, de percussão... formaram orquestras, outros a dançar: tango, Hip Hop, entre outras modalidades, até desfile de modas apresentando roupas criadas pelos alunos.
Tudo muito bonito... hora de ser grato por receber gratuitamente a oportunidade de desenvolver talentos e preparar-se para alguma profissão. Afinal não é disso que todos precisamos? Oportunidades?
Prefeito presente, autoridades e a platéia mais parecia um mercado de peixe... Não se podia ouvir , nem apreciar nada ... apesar de todos os pedidos de silêncio... E quem estava se apresentando eram filhos, amigos... Era hora de prestigiar, mas os "manos" e "minas" queriam eram curtir... Respeitar quem queria ouvir?!...Isso não passava pela cabeça deles.
Quando ouço na TV casos como o da Eloá, o que me ocorre é que estamos começando a colher aquilo que muitos pais, por medo de educar e corrigir seus filhos ou por medo de "traumatizá-los", não souberam dizer "não" na hora certa.
Jovens que crescem sem conviver com o não tornam-se egocêntricos e não toleram quando alguém lhes nega qualquer coisa e, então, se frustam e matam.
Enquanto tivermos medo de educar nossos jovens, seja na família, na escola ou na sociedade, eles se tornarão "reizinhos" e nós todos seus reféns.
Ouvi outro dia uma reportagem sobre pichadores. A repórter entrevistava duas garotas que picham a cidade (engraçado como repórteres descobrem pichadores, bandidos e fugitivos e a polícia não).
Bem, elas estavam felicíssimas com o fato e diziam na maior cara dura: "Pô meu,é a mô adrenalina meu... o que nóis gosta memo é quando a gente tamo pichano e vem a puliça, aí a gente sai disparado e eles num pega a gente... Meu... é demais!.. a gente ri dos cara...Pichá é que nem um vício, quando si picha uma veiz nunca mais a gente qué pará.."
Pois é... e eu fico pensando o que essas garotas terão a ensinar aos seus filhos? Quais valores elas irão passar para as novas gerações?
Parece que hoje o joio está tomando conta do trigo, infelizmente!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Anjo triste


Anjo Triste
O tempo é um rio sem nascentes
corre incessantemente para a eternidade
mas
em inesperados trechos de seu curso
o nosso barco se afasta
e vai
para algum lugar
feito de antigas águas passadas
e só Deus então
sabe o que vai nos acontecer.
Talvez sejamos como náufragos
num oceano sem fim,
tentando chegar as margens
dos verdadeiros sentimentos...
Talvez sejamos como uma ostra
em uma concha fechada
e não nos resta nem o consolo
de estar produzindo uma pérola rara...
Entre o sonho e a realidade
entre a vida e a morte,
cai a sombra.
Entre esta sombra e a claridade
eu vivia
sem, aparentemente
ter outra ambição,
do que a de manter a paz
e a solidão...

(Dulce Miller - outubro de 1986)

Esta linda poesia é da Duzinha. Uma mulher que sabe o que quer e escreve muito bem. Se ainda não conhece seu blog, indico com prazer:/moca-do-sonho.blogspot.com

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Il Signor Veneranda


O texto abaixo é parte do livro "Il signor Veneranda de Carlo Manzoni.
Este italiano escreve textos sempre muito bem humorados e esta personagem é uma das minhas preferidas.
Aqui vai uma tradução do texto:

O senhor Veneranda parou na porta de entrada da auto-estrada Milão-Torino.
"Torino" disse ao bilheteiro que estava na casinha do pedágio.
O bilheteiro olhou para o senhor Veneranda e depois olhou em volta na praça de pedágio deserta onde não havia nem mesmo um automóvel.
"Mas... " murmurou o bilheteiro, "e o carro?"
"Que carro?" perguntou o senhor Veneranda, surpreso.
" O automóvel", disse o bilheteiro, "O senhor não tem automóvel?"
"Eu não" disse o senhor Veneranda, "eu não tenho automóvel. Por quê? O que tem de estranho? Existe tanta gente que não tem automóvel e por que eu deveria tê-lo? Parece a você que eu tenha cara de quem deveria ter automóvel?
" Eu não sei" balbuciou o bilheteiro, "mas se o senhor quer ir a Torino com a auto-estrada, deveria, portanto ter um automóvel."
"Eu não vou a Torino com a auto-estrada" disse o senhor Veneranda, "não posso ir lá exatamente porque não tenho automóvel. E depois o que deveria eu fazer em Torino?"
"Não sei... é o senhor que me disse Torino," balbuciou o bilheteiro que não sabia o que dizer.
"Eu disse Torino, com certeza" disse o senhor Veneranda, "isto não nego. Mas todos podem dizer Torino quando querem, não te parece? Não entendo porque quando alguém diz Torino deveria, segundo o senhor, ir lá de automóvel."
"Está bem, mas então Senhor, o que quer de mim?" disse o bilheteiro cada vez mais confuso.
"Eu... nada", disse O senhor Veneranda, "disse Torino como poderia dizer Roma, ou Gênova ou outra cidade. Desagrada ao Senhor?"
"Não, mas ouça, se o Senhor não entra na auto-estrada com automóvel, deixe-me em paz" remungou o bilheteiro.
"Eh, que saco! gritou o senhor Veneranda perdendo a paciência, "agora preciso comprar um automóvel para agradar ao Senhor! Mas é um belo tipo! Olha que raça de gente!"
E o senhor Veneranda lhe deu as costas e si afastou remungando.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Intuição


Informação demais atrapalha?
Quem segue a intuição é mais feliz?
Segundo o pesquisador alemão Gerd Gigerenzer, sim.
Ele afirma que a intuição é mais potente do que se pensa e que muita gente poderia ser mais feliz se a seguisse con mais freqüencia...
Diretor do Departamento de Desenvolvimento humano do Instituto Max Planck, ele é um dos mais respeitados especialistas em heuristica do mundo.
Em seu mais recente livro, Gut Feelings - The intelligence of The Unconscious (Sentimentos do Instinto - a Inteligência do Instinto) diz que decisões baseadas em pouquissimos dados e guiadas por um certo sexto sentido acabam freqüentemente mais acertadas do que as precedidas por longa e cuidadosa reflexão.
Depois de analisar diversos experimentos comportamentais, ele concluiu que, muitas vezes, informação demais atrapalha.
"O coração tem razões que a própria razão desconhece" escreveu o filósofo francês Pascal.
O instinto é uma espécie de atalho tomado pelo cérebro sem que a gente perceba.
Essa teoria contradiz o que a psicologia acreditava até há pouco tempo.
Segundo Gerd é um erro tachar a intuição de instrumento de segunda classe.Assim como é um erro dizer que a pessoa só deve acreditar em seus instintos e jamais pensar muito antes de agir. São posições extremas e portanto não adequadas.
As duas coisas são importantes.
Temos de aprender a reconhecer o momento em que a reflexão consciente é mais vantajosa e quando é melhor confiar no instinto.
Dizem que as mulheres são mais intuitivas, mas tanto homens quanto mulheres têm esta percepção.
Em determinadas ocasiões, acertamos mais quando decidimos baseados num único e bom motivo do que quando pesamos prós e contras, por exemplo: quando vamos a um restaurante e ficamos muito tempo olhando o cardápio sem decidir o que queremos comer começamos a ficar ansiosos, sempre achando que há outra coisa melhor pra comer do que aquela que decidimos.
Melhor seria chamar o garçom e perguntar o que ele comeria, e não o que ele recomendaria - que é diferente.
Neste caso ele começaria a pensar demais e indicaria algo que talvez eu pudesse gostar por ser de outro país, ou por qualquer outro motivo ou talvez até ele ficasse indeciso e não soubesse responder.
Perder o medo na hora de tomar decisões e seguir um pouco mais a intuição, poderia nos deixar mais felizes.