quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Procura-se

Tenho saudade de tantas coisas!
Saudade principalmente do tempo que escrevia regularmente neste espaco.
Saudade dos amigos que por aqui passavam, liam, deixavam seus comentarios, me  saudavam.
Saudade da esperanca que mantinha minha alma ainda viva.
Saudade da confianca que tinha nas pessoas...
Ando tao so!
Ah se alguem soubesse
o quanto se pode viver em um segundo e
 o quanto se pode morrer em um atimo de tempo.
Atualmente estou assim.
Viva? Sim, porque continuo respirando apesar de tudo.
Morta? Com certeza.
O que pode fazer um escultor quando lhe falta  materia prima?
Quem pode escrever um poema quando lhe falta a inspiracao?
O que pode fazer uma pessoa quando se sente absolutamente só com seus problemas?
Diferentemente do poeta, não me falta inspiracao, nem materia para meus textos,
o que me falta e a liberdade para soltar o verbo.
Aliás como ando presa em meu mundo, tentando resolver tudo , ajudar a todos e constatar que nada adianta os esforcos.
Luta perdida, vida desiludida.
Preciso urgentemente reencontrar a alegria de ver o mundo nas coisas simples,
redescobrir a amizade sincera, afetos verdadeiros, saber quem ainda sou e
o que restou de tudo o que fiz.
Ando a procura de mim.
Se alguém souber, se alguém viu pra onde foi esta parte de mim,
por favor me informe, porque aqui só ficou a parte amarga e triste.
Quero novamente a docura e a ternura dos olhares,
a alegria dos sorrisos,  o conforto dos abraços.
Angela Zuntini

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Tempo de espera

O grafite já nao risca
As palavras estão mudas
O tempo nao resolve
A dor arranha
O sofrer continuo
Crescente
Progressão geométrica
Mas só ganha quem arrisca
Quem se desnuda
Quem se envolve
Quem tem garra
Por isto continuo,
Valente, mesmo
Sem rima  e sem metrica.

Apenas coragem e fé
Quem sabe um dia
Tudo muda
E de novo a alegria
A galope ou a pé
Retorne ao meu coracão
E eu possa num abraço
Esquecer toda dor
Me reencontrar num amor.

Angela Zuntini

domingo, 6 de abril de 2014

Falso brilhante

O vento vai e vem
Nossa vida também.
O tempo passa, repassa...
Gira o compasso das horas,
Longas demoras.
Vigia o teu dia
De pouca alegria.
Era falso o sonho,
E agora tristonho
Segue lentamente,
Languidamente,
Qual rio que corre
Na terra seca e morre.
Teu amor não vale nada
Melhor seguir a caminhada.
A vida me espera,
Acredito, na quimera
Sonhe, jóia preciosa,
Tu sabes quanto és valiosa.
Há quem jogue fora diamantes
E prefere meras pedras faiscantes
Que nao valem nem um vintém,
Notas falsas, melhor ficar sem.
Alguns valorizam o poder, o ter
Eu sigo acreditando que
Melhor mesmo é ser.

Angela Zuntini