Quando era menina em minha casa havia muitas imagens de santos pela casa.
Mas havia uma especial que não estava enquadrada e ficava guardada dentro de um armário.
A imagem era exatamente igual a esta. Era a minha preferida.
Muitas vezes ia até onde ela estava e gostava de ficar ali observando as crianças. O carinho com que a irmãzinha, ainda tão pequenina, ajudava o garotinho e, ao lado deles o anjo a protegê-los na travessia de uma ponte tão frágil e perigosa.
Aquela figura me dava força para seguir com minha vidinha de criança e, sempre que me encontrava em situação difícil, pensava em meu anjo da guarda.
Tive uma infância muito triste e um pai muito severo, daqueles que colocava de castigo por coisas banais ajoelhada em grãos de milho.
A solidão sempre foi minha companheira, sem ter com quer conversar ou brincar, muitas noites ficava sozinha em casa.
Nestas horas sabia que meu anjo estava ao meu lado e assim ia vencendo os medos, as tristezas, o desamparo.
Tudo graças à fé que tenho no meu anjo.
Sempre acreditei também que além dele, minha mãe sempre está do meu lado.
Sua luz me afasta da escuridão e me faz ir adiante e enfrentar os perigos da vida.
Cresci acreditando nisto e ainda acredito.
Só que agora sei que além de anjos celestiais, invisíveis, também temos anjos em carne e osso.
São os anjos sem asas e os chamamos de amigos.
Eles estão aqui só para nos amparar, nos enviar uma mensagem linda, nos confortar com suas palavras, nos oferecer seu ombro , nos dar sua mão ou aquela informação ou ajuda na hora em que menos esperamos.
À todos os “meus anjos” um beijo de luz.