terça-feira, 12 de agosto de 2008

Paz

Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor representasse a paz. Ficaram, dentre os finalistas, três igualmente empatados.
O primeiro retratava uma imensa pastagem, com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave.
O segundo mostrava pássaros a voar sobre nuvens brancas como a neve em meio o azul anil do céu.
O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pla violência das águas do mar em meio a uma tempestade estrondosa, cheia de relâmpagos.
Mas, para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das ondas contra o rochedo.
Indignado os dois pintores, que não foram premiados, questionaram o juiz que deu o voto de desempate.
_ Como este quadro tão violento pode representar a paz, senhor juiz?
E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar disse:
_Vocês não repararam que em meio a violência das ondas e tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranquilamente?
E os pintores, sem entender, responderam:
-Sim, mas...
Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou:
_Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos.
Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à tempestade, mas não é difícil de entender. Considerando que a paz é um estado de espírito, podemos concluir que se a consciência está tranqüila, tudo à nossa volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade.
Fazendo uma comparação com o quadro vencedor podemos dizer que o ninho do pássaro representa a nossa consciência. a consciência é um refúgio seguro quando nada tem que nos reprove, e também pode acontecer o contrário, tudo à nossa volta pode estar tranqüilo e a nossa consciência arder em chamas. A consciência, portanto, é um tribunal implacável do qual não conseguiremos fugir.
É ela que nos dará a possibilidade de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar ou acuse sinais de perigo solicitando solução. Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos, nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas à dentro de sua intimidade.
(autor desconhecido)

Um comentário:

Edgardo disse...

Concordo totalmente, a mensagem tem a simplicidade da verdade.
EdgardoZ