sábado, 30 de agosto de 2008

Acorda Brasil!

Ser professor no Brasil não é tarefa fácil.
Precisa acreditar, acima de tudo, no futuro.
Acreditar que você pode ajudar a mudar, a transformar a realidade.
Comece fazendo a diferença de ao menos um aluno, quem sabe de uma classe de alunos...
Se todos pensarmos assim, em breve, teremos uma nação de pessoas mais conscientes, mais preparadas e menos sujeitas aos engodos, principalmente na época das eleições.
Quando eu era criança, diziam que o Brasil era o país do futuro mas, hoje, creio que se o país não acordar e se levantar do seu "berço esplendido" perderá o bonde da história e estará sempre correndo atrás, contentando-se com migalhas.
A história comprova.
Países, mesmo seriamente destruídos pela guerra, que investiram em educação conseguiram se levantar e, menos de meio século depois, conseguiram fazer parte das grandes potências mundiais.
Países pequenos, com escassos recursos naturais... Mas souberam investir naquilo que têm de melhor : o ser humano.
Acabamos de assistir as Olimpíadas.
A Inglaterra, país que sediará a próxima, já começou a investir em atletas e já colheu frutos nesta edição de 2.008.
Já disse também que, quando era menina, na minha casa havia um pomar e no pomar havia jaboticabeiras, pois bem... para elas frutificarem era necessário que todo dia a regassem.
Sem a água elas não floriam e nem davam frutos.
Elas tinham dentro de sí o potencial, mas era necessário condições favoráveis, e uma delas era essencial: a água.
Na Itália, país territorialmente menor comparado ao nosso e, com pouco mais de um terço de habitantes que o Brasil, sempre figura entre os melhores colocados na classificação por medalhas nestes jogos.
Fiquei sabendo que lá os atletas são patrocinados pelo estado isto é, são considerados funcionários públicos, recebem salário para treinar.
Assim, tendo sustento para a família, podem se dedicar mais aos esportes.
No Brasil, tirando os esportes coletivos como futebol, volei, basquete... ou então aqueles, onde a família "paitrocina" o que temos são atletlas que correm sem calçados adequados, em estradas rurais ou então o praticam depois de horas de trabalho, quando já estão exaustos e, muitas vezes pressionados pelas dificuldades financeiras.
Muitos precisam optar pelo emprego ou pelo esporte... e para não morrer de fome ou deixar a família em dificuldades acaba "largando".
Perdemos assim , na maioria das vezes um talento, uma pedra bruta que poderia valer ouro se fosse trabalhada.
E isso não ocorre só nos esportes, ocorre também com outros artistas, inclusive com escritores. Assim já escreveu nosso saudoso Orígenes Lessa em seu , talvez mais famoso livro: O feijão e o sonho.
Outro dia assisti a uma reportagem na TV.
Fizeram o encontro de dois artistas de circo mambembe, daqueles que só se apresentam no interior, onde os artistas são membros de uma única família e se revezam fazendo os vários números circenses e entre as tarefas cotidianas.
Eles foram levados para assistir a um espetáculo do Circo di Soleil.
Maravilhados com o espetáculo que presenciaram e, com todas as roupas e corpos perfeitos dos artistas-atletas, com certeza se sentiram o pior dos piores.
Depois do espetáculo o repórter fez as apresentações e nossos brasileiros, encabulados, quase se desculparam por serem artistas também.
Primeiramente, o artista do circo famoso, mostrou todas as suas habilidades.
O rapazote, que acompanhava o pai e, era entre outras coisas o trapezista do circo brasileiro, olhava deslumbrado.
Depois, foi a vez dele.
Muito magro, ficou estranho dentro das roupas que lhe ofereceram e, um tanto desenchabido, foi demonstrar aquilo que fazia cotidianamente no circo das família.
Então a surpresa!
O artista famoso, estupefato, não teve coragem de repetir os movimentos do nosso trapezista. Eram movimentos muito difícieis e arriscados.
Nosso conterrâneo foi invejado pelo talento natural.
Talvez nem ele soubesse o valor que tinha, mas como saber se ninguém te valoriza?
Assim vamos perdendo nossa maior riqueza.
Quando não conhecemos nosso potencial humano, quando não damos oportunidades para que talentos se desenvolvam, perdemos todos...
A educação é a chave de tudo, é a ferramenta que abre portas para o conhecimento.
O conhecimento gera oportunidades e dá forças para reinvindicar.
Mas parece que no Brasil isso ainda é perigoso.
Outra pesquisa mostrou que, dos prefeitos que investiram maciçamente em educação, somente 20% deles conseguiram se reeleger.
Os outros 80% ,que distribuíram bolsas "auxilio qualquer coisa", foram reeleitos.
Enquanto a ignorância continuar será sempre bom para políticos interessados em sí próprios.
Triiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmm!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Acorda Brasil!
Não podemos ficar deitados eternamente em berço esplêndido!

6 comentários:

Cata bagulho disse...

(acorda brasil) sera que um dia sera ouvido esse trimmmmmmmmmmmm .. estou a muito tempo esperando esse despertar do meu pais , acho que assim poderia voltar a esse magnifico pais e viver em pas . acho que logo logo acordaremos e nao mais trocaremos votos por ( cestas basicas) que tristesa......

Consultor Previdenciário disse...

Realmente ser professor no Brasil é muito difícel, sem apoio e sem compreensão.
Vim conhecer seu blog e agradecer sua visita ao meu.
Desejo que tenha um ótimo final de semana.

Sonia Regly disse...

Também sou professora e sei bem o que é isso, as dificuldades que enfrentamos no nosso lidar com os alunos com a comunidade.É muito complicado, realmente. T~em post novo, sobre o cigarro, um assunto importante.Passe por lá, deixe sua opinião.Beijinhos.

Sonia Regly disse...

Leda,
Pretendo linkar seu lindo Blog, mas como não sei linkar, dependo da bondade de minha filha.Gosto muito do seu Espaço.Beijinhos.

Sonia Regly disse...

Deixei um lindo selinho de presente para vc lá no meu Blog. Passe por lá para buscá-lo. Beijinhos.

Unknown disse...

Ser professor é duro, e no Brasil pior ainda.
Parabéns aos professores.
Abraços