domingo, 17 de agosto de 2008

Pra não falar só de flores

Estamos em época de campanha eleitoral para elegermos os nossos prefeitos.
Todos sabemos que votar, eleger alguém é um ato da maior responsabilidade. Tem até propaganda na Tv mostrando que se não prestarmos bem atenção ao que se passa podemos perder o "bonde da história" e ficarmos mais quatro anos "pastando".
Bem, quero deixar claro que não sou filiada a nenhum partido, que não tenho nenhum parentesco, nenhum "rabo preso" com absolutamente nenhum candidato.
Quero dizer também que felizmente, tivemos em nossa cidade alguns prefeitos do qual todo cidadão pode ter orgulho. Pessoas dignas, preocupadas com o bem comum, pessoas mais preocupadas com a população que com seus próprios egos.
Os últimos anos estamos vivendo uma época de ouro aqui. A cidade nunca esteve tão bem cuidada e as pessoas tão bem assistidas. É só dar uma volta para ver. Não temos ruas sem asfalto, bairro sem água, crianças sem creches, escolas sem professores, centros de saúde sem médicos ou remédios.
Foi até implantado um centro de excelência de atendimento ao cidadão.
Recebi em casa, através da agente de saúde que vem mensalmente para fazer inspeção contra a dengue, verificar pressão, caso tenha alguém doente e até fazer exame de diabetes.
A população pode se orgulhar do atendimento nos centros de saúde.
Eu tive a oportunidade de conhecer o atendimento de perto. Há muitos anos tenho plano particular de saúde, (e digamos está pela hora da morte as mensalidades) mas precisei de um médico especializado em fibromialgia e surpresa... existe um que atende só no Centro de saúde municipal.
Marquei consulta e lá fui eu esperando pela longa fila e pelas intermináveis horas que certamente deveria esperar para ser atendida.
Mas, para surpresa minha, a consulta era com hora marcada, havia cadeiras confortáveis, ventiladores e até televisão na sala de espera e mais... fui atendida muito mais depressa do que quando vou aos consultórios particulares. Serviço de primeira.
Agora que as eleições se aproximam (como é de costume) surge um jornalzinho onde candidatos de oposição sempre arrumam alguma coisa para denegrir a imagem do concorrente. É revoltante perceber a que ponto vão pessoas inescrupulosas que querem a todo custo se promover. Conhecendo os dois lados envolvidos posso falar sem medo de errar. Notícias plantadas como a do caso dos uniformes para as crianças da APAE. Um candidato, que atualmente é vereador, entrou com um pedido para a secretária da educação, que por acaso é a outra candidata, para a doação dos uniformes.
A cidade já faz isso para "todos os alunos da rede municipal" (uniforme de inverno e verão), mas a APAE, embora seja uma entidade do mais alto valor social e de já receber ajuda da prefeitura não é um orgão municipal, portanto vejo como má fé este ato, pois o tal candidato já sabia que seu pedido seria rejeitado. Criou assim uma manchete: "Candidata nega uniformes para as crianças..."
O mesmo candidato apregoa em alto e bom tom que ele é o melhor candidato porque é pobre. Ser pobre seria uma qualidade para se eleger??? Ou será que ele se baseia no pronunciamento daquele outro político que diz que "cultura não enche barriga" e, pelo jeito deve acreditar também que vale tudo para se chegar ao poder, até burlar leis.
Lembrei-me de mais uma do mesmo candidato. Há muitos anos quando ele era candidato a vereador saiu uma lei que não se podia mais fazer "boca de urna". Naquele mesmo ano meu marido também saiu candidato e foram distribuídos adesivos onde se podia ler a palavra "fiscal" para serem distribuídos às pessoas que lhe serviriam nessa função. Como não tínhamos feito campanha, nem nos preparado para tal, meu marido entregou a mim os tais adesivos e eu fiquei com eles no bolso enquanto ele entrou para praticar o sacrosanto ato do voto.
Fiquei no portão da escola esperando-o e nem me lembrei dos adesivos mas, se ele tivesse algum fiscal, sem dúvida eu seria um deles.
Pois bem, enquanto esperava no portão o outro candidato, juntamente com um amigo, abordava todas as pessoas que entravam e chegavam até a entregar "santinhos".
Ora, mas aquilo era proibido por lei! Fiquei surpresa quando o amigo lhe advertiu: mas isso é proibido! E, muito mais surpresa ainda quando ele respondeu: "Você viu algum fiscal por aí?"
No momento, não sabia o que fazer... se me apresentava e criava um caso ou ignorava. Como era bastante inexperiente e não estava usando o tal adesivo resolvi ficar calada mas aquilo me marcou profundamente.
Agora o mesmo cidadão quer ser prefeito. E eu me pergunto: como será que ele agirá quando for a autoridade máxima? Agirá honestamente somente quando tiver alguém vigiando?
De políticos como este o Brasil está cheio. Peço a Deus que possamos continuar contando com excelentes administradores em nossa cidade e que nosso povo saiba distinguir o joio do trigo e que acabe de uma vez com essa história de ricos e pobres e comece a perceber quem está mais preparado, quem está mais preocupado com o bem comum do que com o seu próprio.
Que vença o melhor!

3 comentários:

Carlos Henrique Leda disse...

Exigir bom senso da população é complicado, poucos possuem discernimento o suficiente para tal.
Mas não temos nada a fazer? Claro que temos, faremos a nossa parte, conversaremos com outras pessoas, exporemos os fatos. De grão em grão....

Anônimo disse...

17/08/08 22:51am

Oi Angel :), quando li hoje o que escreveu, lembrei de meus fatos de menina curiosa que adora tirar uma história a limpo, e vive na sub prefeitura do próprio bairro procurando melhorias para o mesmo, nem que seja por pouco tempo, quando vencer a maturidade dos que governam, lá estou eu novamente batendo na porta deles, é algo que não pode parar de forma alguma. Gostei muito do seu texto Parabéns, faz pensar muito no que fazer em outubro :)... Tomei a liberdade de deixar o link do seu blog no meu orkut :).... beijos e fique com papai do céu...


Shá Manzaro...

Anônimo disse...

É lamentável tanta propaganda pró-situação.
Como se não bastasse toda a mídia local.