Diabetes

Mais zinco, menos diabete.

Para evitar o desenvolvimento da doença não deixe o ingrediente faltar na sua dieta.

A boa notícia foi divulgada pela revista científica americana Diabetes Care. Ao analisar a incidência de diabete tipo 2 em mais de 80 mil mulheres com idade entre 33 e 60 anos, pesquisadores observaram que colocar zinco no prato reduz em até 28% o risco de desenvolver a doença. “O mineral ajuda a regular a ção da insulina”, explica Qi Sun, líder do trabalho. E é justamente quando esse hormônio não funciona direito que se abre auma brecha para o problema. “Além disso, o zinco participa da formação de substâncias que protegem as células contra os radicais livres, moléculas que também favorecem o diabete.”

Apenas 8 miligramas!!!

Eis a dose diárias de zinco recomendada a uma mulher saudável. Já os homens devem ingerir 11 miligramas.

Uma xícara de farelo de trigo dá conta do recado em ambos os casos.

Também se pode encontrar este mineral nas ostras, amêndoas, castanha-do-pará e carne bovina.

(Revista Saúde – Editora Abril)

Para meus amigos aqui deixo uma receita deliciosa de bolo de farelo de trigo, que aprendi a fazer no curso do Sesi, programa -Alimente-se bem.

Receita bolo de fibra e canela

Fica muito parecido com bolo de chocolate

Ingredientes

4 ovos

1/2 xícara (das de chá) de óleo

1 1/2 xícara ( das de chá) de açúcar

2 1/2 xícaras ( das de chá) de farelo de trigo

1 xícara de farinha de trigo

6 colheres (das de sopa) de canela em pó

1 1/2 xícara (das de chà) de leite

2 colheres (das de sopa) de fermento

( Se quiser deixar o bolo mais  light substitua o óleo por margarina light e o açúcar por adoçante em pó próprio para ir ao forno).

Modo de fazer

Bata os ovos até dobrarem de volume. Acrescente os demais ingredientes, exceto o fermento e continue batendo. Misture o fermento e mexa bem. Asse em forma untada (eu prefiro manteiga, açúcar e canela ao invés da tradicional farinha), em forno médio preaquecido.

Dica: A fibra de trigo é facilmente encontrada em supermercado e colabora na sensação de saciedade.

Bom apetite e muita saúde!

A nossa amizade tão sincera

Te escreverei palavras de verdade
Para definir o som da tua voz
E encontrarei mil versos de alegria
Para marcar esta amizade entre nós  

Colocarei um sol em teu olhar
Colocarei o luar nos lábios teus
Nesta amizade que contigo vou trocar
Te mostrarei os sentimentos meus

Ainda um dia te darei uma flor
Com o perfume da flor da laranjeira
Te dedicarei palavras de louvor
E tua amiga eu serei a vida inteira

Então por fim aquele abraço surgirá
E a luz do sol vai brilhar nessa manhã
E as águas do Oceano encurtarão
E assim te abraçarei querida irmã

Graciete Filipe

 

A poesia acima foi escrita por Graciete, esta amiga fantástica que encontrei do outro lado do oceano, num país belíssimo chamado Portugal e, certamente, um dia ainda vou retribuir todo o carinho em forma de um abraço.

Ter amigos como você, Franciete (Não errei não-é assim que eu a chamo), é ter o céu na Terra. É ter a certeza que ainda existem pessoas que não importa a distância, pensam em você, querem o seu bem e dedicam horas de seu dia pensando em te fazer feliz.

É uma dádiva que poucos desfrutam.

Obrigada, minha querida amiga.

Uma amiga muito especial

 

Abro um email e eis que encontro este lindo presente, feito com muito amor pela minha amiga-irmã Franciete

Na verdade seu nome não é extamente este. No início fiz uma enorme confusão pois às vezes ela se apresentava como Francelina, outras como Graciete, além dos nomes que tem em alguns de seus blogs.

Pois bem, depois dos esclarecimentos eu a rebatizei de Franciete, uma fusão de Francelina com Graciete.

Cada email que recebo, cada comentário ou mensagem que me manda, cada presente, prece ou mimo como este, é para mim como se estivesse recendo uma jóia, um diamante.

Mostram-me sempre  o brilho de sua alma e a bondade de seu coração.

Obrigada amiga, pela dedicação e carinho. Será para sempre parte de minha vida. Uma parte muito bonita como é tua amizade.

Como você mesma disse: “Um abraço do tamanho do oceano que nos separa.”

 

Deus te abençoe sempre!

Como escolho meus amigos.

Blogagem coletiva - http://ideiasdemilene.blogspot.com/

Difícil dizer.

Creio que amizade acontece,  às vezes sem buscar.

Claro que tenho meus filtros, mas eles ficam mais na base da intuição, daquilo que percebo além dos sentidos.

Quero dizer que não escolho alguém pela aparência, muito menos pelo que ela tem e nem me impressiono pelo que a pessoa aparenta ser.

Presto muita atenção ao que ela diz, principalmente se existe coerência entre o que diz e faz. Analiso suas atitudes em relação aos outros. Não gosto de pessoas que falem dos outros , a não ser para elogiar.

Tenho encontrado muitas pessoas  interessantes através dos blogs. Basta ler aquilo que escrevem. É nas entrelinhas que as pessoas se revelam.

Sou muito exigente em matéria de amigos. Mas sou muito fiel aos que tenho.

Claro que já me decepcionei, faz parte da vida. Muitas vezes acreditei que seria amiga para sempre e a pessoa simplesmente some. É triste, mas tudo tem sempre um motivo. Talvez a pessoa tivesse necessidades diferentes e encontrou outras amizades que lhe pareceram mais apropriadas ao seu momento… Tudo na vida é tão relativo.

Não gosto de julgar as pessoas. Prefiro sempre ver o lado bom.  Fujo daqueles que maltratam animais, fazem piadas usando as dificuldades dos outros , não respeitam o espaço alheio, tem gosto musical duvidoso, não tem ética e, principalmente daqueles que tem preconceitos de qualquer espécie.

Isto me fez lembrar meus primeiros 3 amiguinhos de infância.

Tinha menos de 2 anos e morávamos vizinhos de uma família de negros. Havia um garotinho mais ou menos da minha idade. Chamava-se Miltinho. Não lembro muita coisa, só de seu rostinho redondo, de seu cabelo carapinha e de mim, buscando um espaço entre os sarrafos da cerca  e passando para o outro lado para brincar com meu amigo. Tempos depois me mudei, nunca mais o vi. A família dele foi para São Paulo e ficou so a lembrança e a saudade.

Meu segundo amigo também era vizinho de casa e havia nascido com lábios leporinos. A falha não permitia que falasse bem e o som era anasalado, difícil de entender. Mas amigo que é amigo se entende pelo olhar e pelos gestos. Seu cabelo loirinho contrastava com aquele do meu primeiro amiguinho, mas nada importava para nós. Só as brincadeiras. Seu coraçãozinho não tinha defeitos e ele  dividia comigo seu brinquedo preferido: um jipe de metal, a pedal, na cor vermelha. Andar naquele jipe era uma alegria. Cada um dava uma volta ao redor da  casa com ele. Hoje, é importante comerciante na cidade e, feitas todas as cirurgias, nem se nota que nascera com problema.

Minha terceira amiguinha foi também uma vizinha. Era filha adotiva de um casal já de idade. Na época ela deveria ter uns 9 anos, mas idade mental de 4. Nos divertíamos de manhã até a noitinha. Lembro-me do quanto pulávamos no monte de areia e dos muitos fornos que fazíamos na areia úmida, onde o pé servia de sustentação e, também dos tuneizinhos. Quando a família se mudou para Santos eu chorei muito. A mãe dela deixou comigo uma porção dos brinquedos dela como recordação. Ainda os tenho na memória. Eram azuis e tinha joguinho de quarto, de cozinha e tantas outras coisinhas. Quanta saudade!

Graças a Deus, sempre encontrei anjos em meu caminho. Já disse e repito, criei este blog exatamente para agradecer aos muitos anjos que encontrei pela vida e contribuíram de alguma maneira para minha vida ser melhor e que eu aprendesse sempre com eles.

 

APROVEITE E TROUXE SEU PRESENTE, MYLLA, PARA PROTEGER A MIM E A TODOS OS MEUS AMIGOS.

Mimos de primavera

Nada como começar a primavera ganhando flores e amigos. Este selinho ganhei da minha mais nova amiga: Mônica do Quintal das rosas.

Obrigada! Adorei!

Participei do sorteio comemorativo a um ano de blog da Madastra má completando a frase abaixo e ganhei…

Calma, não ganhei o livro não, quem ganhou foi a Raffs, do blog “Não queria mesmo” (veja só a ironia ), mas ganhei este selo especial que posto com carinho e também mais uma amiga madastra muito boazinha.

 

Este outro é comemorativo de um ano de seu blog.

Lindo também!

Adorei os selos.

Primavera- tempo de amar

Cada dia traz o seu colorido diferente,

sempre novo, sempre belo.

A chuva é benfazeja, promessa de vida.

 

A esperança

faz prestar atenção nas pequeninas manifestações de amor

que existem dentro do imenso universo misterioso.

Para as pessoas que sabem olhar

e ver o lado belo da vida,

a esperança torna a vida sempre mais bela.

 

Pequenas coisas valem

por uma primavera em flor.

Em cada cantinho a vida renasce.

Renascemos também sempre que temos uma atitude generosa como a natureza que não escolhe lugar para florir.

Por que permanecer insensível?

 

Esperança – primavera de sorrisos.

Arco-íris – promessa divina.

22 de setembro - 18h18min - inicio da primavera no Brasil.

Que o amor esteja nos corações assim como as cores estão nas flores do meu jardim.

A caixa do futuro

A postagem de ontem me fez lembrar de um acontecimento muito significativo.

Terminava o ano e, como fazíamos sempre, já nos preparávamos para a festinha de formatura dos alunos da quarta-série.

Além de aulas de matemática e ciências eu trabalhava também conjuntamente com o soldado Claudio, uma disciplina nova no currículo: “Educação para a cidadania”.

O Claudio ministrava o curso preventivo às drogas denominado “PROERD”. Um dia conversando sobre uma reportagem que havíamos visto na  TV onde  mostrou  os habitantes de uma cidade vizinha resgatado um baú que fora enterrado havia 100 anos contendo notícias da época, que surgiu a idéia: fazer uma caixa que seria aberta quando os alunos já estivessem saindo para cursar a universidade.

E foi o que fizemos.

Os alunos adoraram e, assim,  cada um escreveu uma carta para sí próprio endereçada ao futuro. Todos se dedicaram e cada um registrou num papel em branco e com sua letrinha infantil, seus sonhos, desejos, expectativas…

Juntaram mais  algumas coisas pessoais e significativas como fotos, brinquedos, presilhas de cabelo que usavam no momento e, um garoto tirou do pescoço a cruz de madeira que havia recebido na semana anterior quando fizera a primeira comunhão e, guardamos tudo dentro de uma caixa hermeticamente fechada.

Depositamos dentro de outra feita de  cimento, especialmente para acolher a preciosidade.

Na tampa, enquanto o cimento ainda estava mole foram deixadas as marcas das mãos e os nomes de cada criança.

A chamaram carinhosamente “Caixa do futuro”, pois só a reabriríamos depois de 7 anos, ou seja quando eles já estivessem terminando o segundo grau e, possivelmente com um pezinho na universidade.

Assim foi.

A escola toda se envolveu e uma professora do ensino médio resolveu gravar as imagens daquele momento histórico para as crianças. Dessa forma ficou gravado também o rostinho e a voz de cada um.

Durante  os sete anos que esperavam ansiosos o momento da reabertura, inúmeras foram as vezes em que os alunos iam até o local e colocavam suas mãos, agora crescidas, sobre as que estavam ali marcadas e  constatavam o próprio crescimento.

Ano passado, chegou o tão esperado  momento de abrir a caixa.

Devo dizer que todos estávamos emocionados. Emocionados principalmente pelo reencontro com os amigos.

Muitos dos alunos não estavam mais na mesma escola. Famílias tinham se mudado. Foi difícil contatar todos. Tinha gente morando até na Espanha. Teve gente que veio de longe, viajou muitos quilômetros só para reviver aquele momento.

O reencontro foi muito emocionante. Eu mesma, estava já aposentada e há um bom tempo sem voltar àquela escola.

Quando a caixa foi aberta todos maravilhados pegaram novamente suas cartinhas de criança e releram. Havia sorrisos nos lábios e muita surpresa no olhar.  Foi um reencontro com o passado, com seus sonhos infantis, com suas fantasias e projetos. Apenas dois ainda persistiam no objetivo de cursar aquilo que haviam escolhido  7 anos atrás.

O vídeo mostra um pouco de como foi aquele  momento mágico onde passado, presente e futuro se misturavam .

Aproveitem.

Vídeo feito por Fulvio. Grazie!

Uma carta para mim

                Querida Angel

Você é ainda uma garotinha e talvez por isto mesmo não faz idéia do quanto esta vida é bela e dura ao mesmo tempo.

Sinto muito dizer mas sua infância será triste pois não poderá crescer ao lado de sua mãe. Deus tem outros planos para ela e assim você deverá amadurecer mais cedo.

Esteja atenta a todas as oportunidades e não deixe escapar nunca a possibilidade de estudar e de realizar seus sonhos.

Aos 17 conhecerá um rapaz mais velho que você. Vocês se casarão e terão dois filhos lindos. Faça sempre o seu melhor. Eduque-os sabendo que não são seus e, que devem estar preparados para viver no próximo século.

Você nem sonha qual será a profissão deles pois, agora em 1965 em sua pequena cidade, ainda nem se fala em computadores muito menos em mecatrônica.

O homem chegará à Lua em 1969 e toda a tecnologia usada para levá-lo até lá servirá depois para as pessoas se comunicarem.

Saiba que quando seus filhos estiverem na idade de te darem netos será possível comunicar-se através de um aparelhinho tão pequeno e sem fios chamado celular. Você mesma usará  toda esta tecnologia e através de um meio de comunicação chamado internet fará amigos em várias partes do mundo. Será possível se falar e se ver ao mesmo tempo. Não se espante, não é magia, apenas tecnologia.

Prepare-se. Serão muitas as mudanças.

Como já disse, nem tudo será fácil em sua vida, mas o mais importante é que mantenha a fé e a esperança. Não desista nunca dos seus sonhos e ensine seus alunos com todo o amor que lhe for possível. Sim, estava me esquecendo, você será uma educadora e trabalhará por muitos anos junto às crianças e jovens e, um dia, eles já adultos, lhe serão gratos e isto será seu maior prêmio.

Sei, que muitas lágrimas escorrerão do seu rosto. Serão  lágrimas de tristeza  e também de alegria.

Portanto só te dou um conselho: Viva sua vida, acredite em seus sonhos e procure ser feliz. Teu sorriso iluminará a todos que estiverem à sua volta.

Um abraço cheio de compreensão.

Angel

 

Selo comemorativo de um ano do blog da Eliane. Parabéns!

Dra Rita Levi- Montalcini – um exemplo

A Dra. Rita Levi-Montalcini, concedeu esta entrevista em 22 de dezembro de 2005.

Recebeu o Prêmio Nobel de Medicina  quando tinha 77!!!

Ela nasceu em Turím, Itália, em 1909 e obteve o título de Medicina na especialidade de Neurocirurgia.

Por causa de sua ascendência judia se viu obrigada a deixar a Itália um pouco antes do começo da II Guerra Mundial.

Emigrou para os Estados Unidos onde trabalhou no Laboratório Victor Hambueger do Instituto de Zoologia da Universidade de Washington de San Louis.

Em 1951 veio ao Brasil, para realizar experiências de culturas em vidro no Instituo de Biofísica da Universidade do Rio de Janeiro.

 

Em dezembro do mesmo ano, a pesquisadora consegue identificaro fator de crescimento das células nervosas (Nerve

Growth Factor, conhecido como NGF). Esta

descoberta lhe valeu, em 1986, o Premio Nobel para

a Medicina, junto com Stanley Cohen.

Entrevista no dia 22/12/2005

- Como vai celebrar seus 100 anos?

- Ah, não sei se viverei até lá, e, além disso, não

gosto de celebrações. No que eu estou

interessada e gosto é do que faço cada dia.!

- E o que você faz?

- Trabalho para dar uma bolsa de estudos

para as meninas africanas para que estudem e

prosperem ... elas e seus países. E continuo

investigando, continuo pensando.

Não vai se aposentar?

- Jamais! Aposentar-se é destruir o cérebro!

Muita gente se aposenta e se abandona...E isso

mata seu cérebro. E adoece.

- E como está seu cérebro?

- Igual quando tinha 20 anos! Não noto diferença em

ilusões nem em capacidade. Amanhã vôo para um

congresso médico.

- Mas terá algum limite genético ?

- Não. Meu cérebro vai ter um século... mas não

conhece a senilidade... O corpo se enruga, não

posso evitar, mas não o cérebro!

- Como você faz isso?

- Possuímos grande plasticidade neural: ainda

quando morrem neurônios, os que restam se

reorganizam para manter as mesmas funções, mas

para isso é conveniente estimulá-los!

- Ajude-me a fazê-lo.

- Mantenha seu cérebro com ilusões, ativo, faça com

que ele trabalhe e ele nunca se degenerará.

- E viverei mais anos?

- Viverá melhor os anos que vive, é isso o

interessante. A chave é: manter curiosidades,

empenho, ter paixões....veja...não me refiro a

paixões físicas especificamente...simplesmente

tenha paixões.

- A sua foi a investigação cientifica...

- Sim e segue sendo.

- Descobriu como crescem e se renovam as células do

sistema nervoso...

- Sim, em 1942: dei o nome de Nerve Growth Factor

(NGF, fator do crescimento nervoso), e durante quase

meio século houve dúvidas, até que foi reconhecida

sua validade e em 1986, me deram o prêmio por isso.

- Como foi que uma garota italiana dos anos vinte

converteu-se em neurocientista?

- Desde menina tive o empenho de estudar. Meu pai

queria me casar bem, que fosse uma boa esposa, boa

mãe... E eu não quis. Fui firme e confessei que queria

estudar.

- Seu pai ficou magoado?

- Sim, mas eu não tive uma infância feliz: sentia-me

feia, tonta e pouca coisa... Meus irmãos maiores eram

muito brilhantes e eu me sentia tão inferior...

- Vejo que isso foi um estímulo...

- Meu estimulo foi também o exemplo do médico

Albert Schweitzer, que estava em África para ajudar

com a lepra. Desejava ajudar aos que sofrem, isso

era meu grande sonho!

- E você tem feito... com sua ciência.

- E, hoje, ajudando as meninas da África para que

estudem. Lutamos contra a enfermidade, a opressão

da mulher nos países islâmicos por exemplo, além

de outras coisas...

- A religião freia o desenvolvimento cognitivo?

- A religião marginaliza muitas vezes a mulher perante o

homem, afastando-a do desenvolvimento cognitivo, mas

algumas religiões estão tentando corrigir essa posição.

- Existem diferencias entre os cérebros do homem e

da mulher?

- Só nas funções cerebrais relacionadas com as

emoções, vinculadas ao sistema endócrino. Mas

quanto às funções cognitivas, não tem diferença

alguma.

- Por que ainda existem poucas cientistas?

- Não é assim! Muitos descobrimentos científicos

atribuídos a homens, realmente foram feitos por suas

irmãs, esposas e filhas.

- É verdade?

- A inteligência feminina não era admitida e era

deixada na sombra. Hoje, felizmente, tem mais

mulheres que homens na investigação cientifica: as

herdeiras de Hipatia!

- A sábia Alexandrina do século IV...

- Já não vamos acabar assassinadas nas ruas pelos

monges cristãos misóginos, como ela foi. Claro, o

mundo tem melhorado algo...

- Ninguém tem tentado assassinar você...

- Durante o fascismo, Mussolini quis imitar o Hitler na

perseguição aos judeus... e tive que me ocultar por um

tempo. Mas não deixei de investigar: tinha meu

laboratório em meu quarto... E descobri a apoptose,

que é a morte programada das células!

- Por que tem uma alta porcentagem de judeus entre

cientistas e intelectuais?

- A exclusão estimula entre os judeus os trabalhos

intelectivos e intelectuais: podem proibir tudo, mas não

que pensem! E é verdade que tem muitos judeus entre

os prêmios Nobel...

- Como você explica a loucura nazista?

- Hitler e Mussolini souberam como falar ao povo, onde

sempre prevalece o cérebro emocional por cima do

neocortical, o intelectual. Conduziram emoções, não

razões!

- Isto está acontecendo agora?

- Porque você acha que em muitas escolas nos

Estados Unidos é ensinado o creacionismo e não o

evolucionismo?

- A ideologia é emoção, é sem razão?

- A razão é filha da imperfeição. Nos invertebrados tudo está

programado: são perfeitos. Nós não. E, ao sermos

imperfeitos, temos recorrido à razão, aos valores éticos:

discernir entre o bem e o mal é o mais alto grau da evolução

darwiniana!

- Você nunca se casou ou teve filhos?

- Não. Entrei no campo do sistema nervoso e fiquei tão

fascinada pela sua beleza que decidi dedicar todo meu

tempo, minha vida!

- Lograremos um dia curar o Alzheimer, o Parkinson, a

demência senil?

- Curar... O que vamos lograr será frear, atrasar,

minimizar todas essas enfermidades.

- Qual é hoje seu grande sonho?

- Que um dia logremos utilizar ao máximo a

capacidade cognitiva de nossos cérebros.

- Quando deixou de sentir se feia?

- Ainda estou consciente de minhas limitações!

- Que tem sido o melhor da sua vida?

- Ajudar aos demais.

- O que você faria hoje se tivesse 20 anos?

- Mas eu estou fazendo!!!!

 

A Dra. Rita Levi-Montalcini

é, desde 2001, Senadora

Vitalícia da República

Italiana, nomeada

diretamente pelo

Presidente Carlo Azeglio

Ciampi.

 

Ela completou 100 anos no dia 22 de abril deste ano e foi homenageada com uma festa pela prefeitura de Roma.

Distribuindo presentes

Este selo “Sinceridade" foi-me dado por Paola do blog Polvere di Stelle.

Grazie carissima…

 

Repasso para :

 http://huellasdecuatropatas.blogspot.com/

http://rascunhosemvidas.blogspot.com/

http://vidaslinha.blogspot.com/

http://naturezaeanimal.blogspot.com/

http://blog-de-contos.blogspot.com/

 

O blog do Alvaro Oliveira, poeta e amigo, também  fez aniversário e de presente ganhei o bolo inteiro…

Deliciem-se também com uma poesia dele.

 

A gruta

Este mar de manto azul,

A beijar a areia da praia,

Onde abunda a beleza da nudez

Aquecida pelos raios do sol,

Forma uma gruta cercada

Pelo azul da abóbada do céu.

E o arfar subtil do teu seio

Envolto em manto de opalina,

Não esconde o delírio da paixão.

E as minhas mãos trementes,

A deslizarem sobre o teu corpo,

Aceleram o bater do teu coração.

Nesta tarde morna de Outono,

No silêncio quebrado por sons musicais

Que me deixam em doce penumbra

Embalado pela suave ondulação azul,

Recordo meus amores, minhas paixões,

Vividas nesta gruta junto ao mar.

Alvaro Oliveira

 

Selo comemorativo um ano de blog do Alvaro. Que continue por muitoa anos nos deleitando com suas poesias.

 

 

Este outro meme veio da

 Nade, http://nadejane.blogspot.com/ 

um doce de pessoa e repasso para os amigos:

Alvaro, Francelina , Sandra, La signora in rosso, Paola.

Obrigada querida.

 

As Regras:

1. Colocar o link de quem deu o selo;

2. Escolher 5 amigos(as) para repassar o selo;

3. Responder ao meme:
    a. Tem algum(ou mais de um) blog que te ajudou a blogar quando iniciou?
    b. Foi sua fonte inspiradora?
    c. Blogar é muito gratificante quando:.......... não é quando:.............
    d. Quanto tempo você se dedica ao seu blog, que horário você gosta de blogar.
    e. O mundo da blogosfera seria mais interessante "se":
    f. Seu coração blogueiro não se engana quando (referente a outro blog ou blogueiro):

Como tem um desafio e devo responder,aqui vão as respostas.

Minhas Respostas:

a.  Devo confessar que nem sabia o que era blog. Ano passado meu filho criou um para ele, o MUNDIOTA e eu comecei a ler e a a entrar nos blogs dos amigos que o visitavam. Assim fui me interessando e surgiu a idéia de criar um também.

b. Fonte inspiradora?  O Mundiota foi minha fonte principal, no início, depois outros tantos com quem aprendi e continuo aprendendo.

c. Blogar é muito gratificante quando conquistamos amigos, bons comentários, ideias parecidas, conflitos de ideias inteligentes… Até então, não tive problema algum a ponto de dizer que algo não é gratificante; pois, como disse, o meu objetivo inicial é de escrever na forma de um diário, não entendendo uma obrigação de que comentem, mas se comentam, suas palavras são sempre muito bem-vindas!

( desculpe-me Nade, mas sua resposta era tão parecida com a que eu escreveria que tomei a liberdade de usá-la.)

d. Não me dedico tanto quando seria necessário para retribuir às visitas. Quando vou até um blog gosto de ler tudo aquilo que passou desde a ultima postagem lida, assim fico algum tempo e muitas vezes deixo comentários em mais de um post. Deste modo não consigo entrar em muuitos em um só dia. Também gostaria de escrever mais, mas nem sempre é possível e estou sempre um pouco atrasada em relação ás postagens, Não é falta de vontade, mas de tempo mesmo.

 

e. Tem muita gente que posta qualquer coisa. Acho que como é uma coisa livre, deveriam pensar que muitas pessoas, até crianças podem acessar. Legal seria se todos primassem por aquilo que colocam.

f. Geralmente meu coração funciona como antena… quando encontro alguém muito piegas não retorno, nem me tyorno seguidora. Não gosto de quem entra só para se tornar seguidor esperando assim que façamos o mesmo ou de pessoas insistentes que te convidam a toda hora para visitarem seu blog.

 

Este é da Sandra cujo blog hoje faz 1 ano.

Parabéns!!!!

Estou participando da blogagem coletiva.

Assim participo da festa.

Por que criei meu blog.

Sandra, amiga e blogueira está feliz e completando um ano de blog. Eu tive o prazer de conhecê-lo e, com ele um pouquinho desta pessoa maravilhosa que ela é: educadora, pessoa sensível e acima de tudo amiga.

Hoje tem festa por lá e eu queria registrar aqui meus sinceros parabéns e que o blog continue por muito tempo ainda, lindo como é e inovador, cheio de coisas boas para ler , ver , ouvir.

Como homenagem ´participarei da festa fazendo parte da blogagem coletiva:

 Por que criei meu blog.

Como já escrevi em algumas oportunidades meu blog nasceu por dois motivos. Primeiro, via meu filho que escrevia coisas lindas no Mundiota e fiquei com vontade também de registrar um pouco daquilo que pensava e, segundo tinha uma vontade imensa de agradecer. Agradecer às pessoas que passaram e passam pela minha vida deixando sempre um pouco do perfume de suas mãos. um pouco do seu saber, um pouco do seu carinho e atenção.

Meu filho ajudou em tudo pois não sabia e, ainda não sei, como trabalhar com esta ferramenta. Sempre que preciso devo pedir ajuda, até mesmo para coisas simples. Espero o final de semana quando ele vem para casa e, mesmo sendo dia de descanso e podendo estar junto de sua noiva, ele faz as modificações e me informa outras tantas. ( Aliás, hoje é também seu aniversário.)

Outra pessoa que me ajuda muito é um amigo da Itália. Mesmo à distância e com a barreira do idioma ele consegue ensinar-me muitas coisas sobre programas da internet, problemas com o PC, faz meu professor de italiano, conta histórias de seu país e envia-me fotos.

Isto tudo demonstra o quanto de paciência essas duas pessoas têm para comigo.

Devo agradecer também a todas as pessoas que me visitaram, acharam que valia a pena seguir-me e deixaram seus comentários e, principalmente àqueles que voltam sempre e me fazem muito feliz ao ler cada palavra de carinho que aqui fica registrada.

A eles e a todos os amigos que me visitam e compreendem que ainda tenho falhas, meu muitíssimo obrigada.

Sem vocês, eu e o blog não seríamos os mesmos.

Desejo a todos e, especialmente à Sandra muita felicidade e amor e ainda muitos anos de blogueira.

Quem ainda não conhece o Blog Curiosa vale a pena conhecer.

Beijo no coração

Golfinho alegre

 

O blog Golfinho Alegre é um blog muito interessante onde podemos encontrar coisas agradáveis de ler e sobretudo cheio de idéias interessantes.

Uma delas é eleger e indicar  toda semana 3 blogs.

Esta semana tive a honra de estar entre eles.

Veja o texto com as indicações:

“ Os blogs vencedores, que serão destaque durante uma semana, no meu blog são:

· anjos sem asas (http://angel-acasos.blogspot.com/

· Blog do Cavalcanti (http://achcavalcanti.blogspot.com/);

· TUTORIAL PARA TUDO (http://tutorialparatudo.blogspot.com/)”

Vale a pena conferir.

Oba! mais um ano vivido!

Fiz aniversário dia 3,

mas vou comemorar neste final de semana, pois também fazem aniversário  meus dois filhos.

Quero convidar a todos para festejar mais um ano de nossas vidas. Que o sol de cada manhã traga a cada um dos vocês meus caros  amigos  e, que tanto carinho me deram neste ano, a esperança e a certeza de um mundo melhor.

Como nem todos poderiam estar presentes , deixo este vídeo para participarem pelo menos da música que é belíssima!

Aliás, se alguém souber quem canta, avise-me.

 

Ótimo final de semana a todos!

Beijão!

Uma experiência marcante

Peço licença hoje para participar de uma blogagem coletiva do Vidas linha. Segunda-feira postarei o próximo capítulo de Uma historia de amor.

A história abaixo é real. Aconteceu comigo e marcou profundamente minha vida.

Novembro.

Estávamos concluindo o ano escolar e preparando a festa de final de ano. Tanto trabalho, tantas ocupações, provas para preparar, corrigir, médias de alunos, ensaios para a festa enfim, tudo o que move os professores nesta época.

Uma amiga, professora, chegou com a notícia que estava grávida, mas não estava exatamente feliz. Já tinha um casal de filhos e aquele não havia sido programado. Outra amiga também triste por causa de sua recente separação. Dois filhos ainda pequenos para criar porém, muitos planos para seus pouco mais de 29 anos.

Nossa escola era modelo e tínhamos reuniões todas as semanas. Reuniões produtivas para falar das dificuldades dos alunos e também das nossas. Uma delas era uma espécie de terapia em grupo. Assim podíamos contar com o apoio das outras e, quem orientava era a psicóloga.

Percebendo o desgaste físico de todos, naquela noite a psicóloga pediu para que todos nós deitássemos num tapete, colocou uma música suave e deixou a sala envolta na penumbra. Disse que deveríamos fazer uma viagem. Deveríamos pensar que já estávamos em férias e que cada um deveria se imaginar num local bastante agradável.

No início eu senti um arrepio, um frio vindo do alto de minha cabeça e foi um pouco difícil   concentrar-me. Depois vi-me andando sobre uma areia muito fina e aquecida pelo sol que envolvia tudo. Em seguida, já estava no fundo do mar, mergulhando com os golfinhos. A água também estava morna e eu nadava entre os peixes e corais de Fernando de Noronha.

Não mais que de repente entrei em um túnel, onde a luz faiscante quase me cegava. Comecei a chorar e a dizer: Não, eu não quero ir…

Estava soluçando e repetindo sempre as mesmas palavras quando a psicóloga resolveu interromper a sessão e acendeu as luzes. Senti como um puxão e retornei ao estado em que me encontrava antes, deitada no tapete da sala.

Feita uma roda todos relataram o que haviam “vivenciado” com aquela experiência.

Minha amiga, grávida, que antes estava deitada com a barriga encontada em minha cabeça começou a dizer: Eu não consegui sair daqui. Meu corpo todo estava gelado e assim permaneci. A outra disse que fora até Fernando de Noronha e mergulhara com os golfinhos, exatamente como eu fizera.

Pensei:- Como pode ela relatar uma coisa que eu pensei, assim da mesma forma?

Propositalmente, a psicológa me deixou para o final. Já refeita pude dizer o que senti e, principalmente do túnel e da angústia que senti sendo puxada para dentro dele.

Ela então me perguntou se minha mãe havia tido algum problema durante a minha gravidez. Respondi que sim, que era cardíaca e de idade avançada e os médicos  haviam aconselhado um aborto pois ela não resistiria ao parto, mesmo que fosse cesária.

Ela propôs que encenássemos o fato. Foi como uma espécie de redenção, onde eu protagonizei o bebê e sua luta por sobreviver e ao mesmo tempo minha mãe, que angustiada não sabia o que fazer.

Naquele instante de tanta delicadeza, minha amiga me abraçou e disse: Obrigada, isto tudo me ajudou a decidir. Só agora eu posso imaginar o que ele está sentindo com minha rejeição. Abraçou a própria barriga e disse: Eu te amo e te quero, meu filho.

Isto tudo aconteceu numa quarta-feira. No dia seguinte, enquanto ensaiávamos com as crianças a outra amiga se aproximou de mim e convidou-me para fazer companhia a ela numa viagem até uma cidade próxima. Ela queria antecipar as compras de Natal. Disse-lhe que sim, pois também queria comprar o presente para os meus filhos. Nossos filhos tinham quase a mesma idade.

Em casa, contei ao meu marido que iria com ela na sexta à noite até a cidade de Bauru. Pela primeira vez,ele me disse : Não!

Disse que se eu quisesse ele me levaria no sábado de manhã. A estrada estava sendo duplicada e era muito perigosa, principalmente à noite.

No dia seguinte comuniquei à minha amiga que não poderia ir e ela convidou a outra, aquela que estava grávida.

Assim aconteceu.

Naquela madrugada, às 4 da manhã o telefone tocou. A notícia não podia ser pior. Um acidente matara minhas duas amigas e a  filha de uma delas, de apenas 9 anos, que era também minha aluna.

Na hora, quase desfaleci mas depois tudo ficou claro. Eu deveria estar com elas. Meu anjo me protegeu revelando-me, de alguma maneira, o que estava por acontecer.

Chorei muito. E, depois do enterro, deitei-me na cama e, entre soluços, vi novamente o mesmo túnel.

Só que agora elas é que estavam caminhando, envoltas pela luz e, minha amiga trazia nos braços um bebê. Todas se viraram e sorrindo me acenaram. Foi quando ela me mostrou a criança que trazia nos braços e me disse: Era outro menino. Com um beijo e um sorriso elas desapareceram na luz.

Certamente Deus as recebeu com um largo sorriso e lá devem estar, felizes. Um dia nos reencontraremos, estou certa disto.

( Esta história é real, aconteceu em 1991.)

Cibele, Marina e Claudinha- Saudade eterna de vocês!!!!

Blogagem coletiva 

 

Uma história de amor 4

                                      A mala

Última semana do curso. Cida já não aguentava mais de saudade do marido e resolveu voltar dois dias antes do término das aulas.

A saudade já começava a doer em todas nós. Cada uma voltaria para suas vidas e não sabíamos se depois tornaríamos a nos encontrar.

O Brasil é um país imenso. Fortaleza, Campo Grande, São Paulo e Porto Alegre são cidade muito distantes. Só mesmo uma viagem de muitas horas ou de avião.

Foi na hora de arrumar as malas que percebemos o quanto de roupa desnecessária levamos e, quantas “lembrancinhas e badulaques” compramos nos passeios.  Assim, começamos todas a nos organizar.

Neste momento, Glória percebeu que havia uma mala cheia de roupas que não usou e nem usaria. Eram roupas de alto verão e, na Itália, mesmo sendo primavera, ainda fazia um friozinho, principalmente para nós que vivemos nos trópicos.

A idéia que teve foi “sui generes”. Pediu pra Cida um grande favor:  “Levar com ela a sua mala grande, pesada e cor laranja para Fortaleza”. Glória acompanharia Cida até Roma e a ajudaria a embarcar, caso fizesse este favor.

Mas, pasmem, Fortaleza e Porto Alegre são cidades que distam mais de 3000 km (em linha reta). Só mesmo indo de avião.

Cida, surpresa com a proposta não sabia o que dizer mas a amizade falou mais alto. Claro que levaria… Glória disse que no final do ano, no verão brasileiro, faria uma visita a ela e pegaria a mala de volta com todas as suas roupas.

A despedida foi demorada e, quando abracei Cida, foi como se abraçasse uma irmã. Choramos… Éramos as duas choronas do apartamento.

No caminho para Roma o transporte das bagagens foi um sucesso. Por duas vezes tiveram de mudar de trem. Mas nestas horas sempre aparece um santo pra ajudar. Apareceu um indiano para carregar  a tal mala laranja, e Glória pode auxiliar a Cida com sua bagagem, que não era pouca!

Esse indiano, Asif Zariwala, representava 4 famílias indianas cujos homens faziam os bordados das roupas de Giorgio Armani.

Glória ganhou  dele uma niqueleira toda bordada, e um cartão, lindo. Ele não falava italiano, só indiano e inglês. Ela não fazia idéia do idioma indiano nem do inglês, mesmo assim, ignorante que era nesses idiomas, foram trocando idéias, nem me perguntem como.

Pior, quando chegaram a Roma, Glória, num agradecimento espontâneo, deu um abraço e um beijo no rosto, do indiano. Podem imaginar o quanto ele ficou sem graça? Parado, ao pé da escadaria, depois de alguns segundos, ela se virou e ele, ainda no mesmo lugar,  abanou a mão, com um lindíssimo sorriso que mostrava a dentadura perfeita.

As duas passaram a noite no aeroporto e combinaram de não chorar na hora da despedida. E, assim foi, até que depois quando cada uma tomou seu rumo, desabaram a chorar.

Entre lágrimas e sorrisos, um olhar de companheirismo e confiança. Foram menos de 30 dias e tudo aquilo ficaria para sempre guardado na memória e no coração.

No dia seguinte retorna Glória, portando porém, outra mala enorme, verde limão fosforescente. Era tão grande que caberia ela própria dentro da nova mala.

Surpresas com o fato perguntamos para que comprara outra mala. – Bem, disse ela… é que ainda tenho outras tantas  coisinhas… Além da mala, comprara também uma enorme sombrinha.

Creio que não poderíamos chamar aquilo de “sombrinha” porque  estava mais para guarda-sol que exatamente para sombrinha. Colocando em pé, tinha quase a sua própria altura. A explicação foi simples: Gosto de tudo grande!

O curso terminava na sexta-feira e, todas nós teríamos de desocupar o apartamento, o mais tardar, no sábado bem cedo.

Cada uma tinha um projeto diferente. Eu iria para Verona. Queria conhecer  a cidade natal dos meus avós e conhecer alguns parentes do norte da Itália.

Minha amiga continuaria por mais uma semana na Itália porque depois deste tempo se integraria à outra turma de brasileiros para uma excursão rumo à Grécia , Turquia e Egito.

Ela pensava, em princípio, ir para Roma, onde tinha algumas amigas de sua tia e, também porque era alí que se encontraria com a turma de brasileiros.

Mas, houve alguns desencontros e de qualquer modo ficaria um tanto sozinha  numa cidade  que já conhecia. Convidei-a para vir a Verona comigo.

Convite aceito.

Ainda antes da semana terminar fomos até uma agência e compramos as passagens de trem. Primeiro até Fabriano e depois até Verona.

Glória iria para a Costa Azurra,  cidade de Hière, na França. Mas sua passagem era só para a terça-feira. Assim, meio de última hora, resolveu ir à Verona  também. Só que ela não tinha as passagens.

Na estação, deixamos as bagagens com minha amiga e fui com a Glória até a bilheteria. Não era possível escolher o lugar, mas depois de alguma cara feia do “biglietaio” conseguimos o mesmo vagão.

Na Itália, depois que se compra a passagem se deve ir até uma máquina para validá-la. Ali, é automaticamente impresso o horário e só então, a passagem começa a ter validade.

Na pressa e com tantas bagagens pesadas para colocar dentro do trem, Glória esqueceu-se de validar.

Já dentro do trem , sem lugar para se acomodar, sentou-se em cima da mala verde-gafanhoto e assim estava quando apareceu o chefe pedindo a passagem.

Ela o fez com naturalidade, mas… surpresa…: “Signora, questo biglieto non é stato convalitato. Ora deve pagare 50 euro di molta”.

O sorriso de Glória desabou. Imaginem , por um trecho pequeno, onde pagara pouco mais de 2 euros,  ter que pagar uma multa de 50 euros!!!

Não adiantou dialogar… Regras são regras e devem ser cumpridas. Pela primeira vez vi lágrimas escorrerem do seu rosto. Não eram exatamente de tristeza, mas de raiva. Assim, neste clima desembarcamos e tomamos o outro trem.

Alí mais uma surpresa esperava por Glória.

continua

Uma história de amor 3

                               O jantar

 

Os dias corriam ligeiros entre tantas atividades. E havia sempre as lições dadas pelos professores, que muitas vezes eram feitas de madrugada no retorno dos muitos passeios.

Mas, tudo era novidade, alegria e, principalmente encantamento.

Era primavera na Itália e por todos os cantos “i papaveri” – uma espécie de papoula - tingiam as colinas de vermelho. Vermelho, aliás era a cor da Glória. Vermelho paixão, vermelho alegria.

Com uma atmosfera destas e com tantas amizades não tardou em organizar um jantar. Vieram alguns convidados brasileiros, o espanhol,  e também Jocelyne, a canadense

Cada um trouxe um prato diferente e ela resolveu fazer um “RISOTTO ALLA CREMA D'ASPARAGI FRESCHI”. 

As pessoas se distribuiam pelo apartamento, ora na cozinha, ora na varanda, onde montamos a mesa e, entre taças de vinho e muita conversa e risos, uma cena se desenrolava. Para mim foi a coisa mais divertida da noite.

Glória e Cida criaram uma amizade tão grande que deixava as pessoas um pouco desnorteadas, principalmente pelo teatro que resolveram encenar. Encenavam de tal modo que para muitos parecia verdade.

Sempre que uma retornava de algum lugar, a outra pedia informações de onde estava, porque havia voltado tarde, com quem havia conversado… como se fossem um casal…

Podem imaginar a cena??? Era hilário…Às vezes, eu entrava como coadjuvante porque  depois de Glória, eu era a pessoa mais próxima de Cida. Tínhamos bastante afinidade e muitas vezes trocávamos confidências.

Bem, quando a Cida fazia de conta que sentia ciúmes de Glória, riscava o chão com uma faca, me jurando-a de morte se houvesse traição, depois, na frente dos outros, ela pegava uma faca e riscava a mesa, para que Glória soubesse que ela não estava gostando e, depois, ainda  dizia: "que diabo de marmota é essa, bem na minha frente? de arreganhos com outra mulher?"

Glória, se fazia de ciumenta de minha amizade com Cida  e “tomava satisfação”. Cida entrava na brincadeira e retrucava como se ela estivesse somente  dando o troco a Glória. Era só risada.  As pessoas dos apartamentos vizinhos certamente não entendiam porque nós ríamos tanto. E, creio que algumas que ouviram as conversas, chegaram até a pensar que realmente elas tinham alguma coisa em comum. Para nós era uma diversão tudo aquilo.

Logo Cida, que morria  de saudades de casa e, principalmente  do marido. Falavam-se todos os dias e nós ficávamos ao redor dizendo: Não chore… não chore… e, inevitavelmente, Cida chorava. Nós já esperávamos pela despedida característica:”Te amo meu dengo, um chero”. A saudade do amado era tanta que ela até voltou mais cedo para o Brasil.

Naquela noite do jantar, Glória estava na cozinha, preparando o risoto e Jocelyne sempre ao seu lado, aproveitando para falar em francês.  Jocélyne, a canadense que falava francês, pediu um abraço,  muito educadamente, bem à francesa, porque dizia sentir um carinho especial por Glória.  Eis que entra a Cida e, neste momento, ela pegou uma faca que estava sobre a mesa e, abruptamente, começou a riscar o chão e a dizer a frase "que diabo de marmota é essa, bem na minha frente? de arreganhos com outra mulher?"

Sem que Jocélyne entendesse coisa alguma, Glória numa saia justa danada, ficou com uma vontade louca de rir (já que era super risonha por natureza) mas teve de se conter já que seria super difícil explicar o significado daqueles gestos em francês e, além de tudo, a regionalidade das reações . . .

Foi realmente um momento ímpar! Jocélyne ,olhava para a Cida e depois para Glória e, ficou ali, parada, sem entender nada. 

Cida, nesse momento, começou a dizer "mas será que vou ter que explicar melhor para essa francesa que ela não pode se meter com mulé minha? Ela fica aí, de biquinho, falando macio, e, se eu não chego na hora, sei lá o que ia acontecer, já que ela até te beijou! E, o tom foi ficando mais agressivo, até que a Jocélyne, mesmo sem entender, foi saindo, até sem pedir licença!

Daí, sim, caíram na risada as duas . . . foi incrível!

Jocélyne, não entendia bem o italiano e nadica de nada de português. Imagine então uma gaúcha e uma nordestina se falando cada uma com seu sotaque e expressões típicas.

Como não conseguia entender aquela conversa louca das duas, Jocelyne começou a desconfiar que havia alguma coisa errada com ela própria. Mas, como explicar? Aquilo era tão nonsense que não cabia explicação. Pior é que nós tínhamos verdadeiros ataques de riso pois as duas protagonizavam a cena de tal modo que se estivessem num palco de teatro arrancariam palmas demoradas.

Assim era conviver com Glória e Cida. Acordar sorrindo e ir dormir com as bochechas doendo de tanto rir.

Sempre que Glória se arrumava para sair, ia até o espelho e  se olhava, passava batom, sorria  e jogava um beijo para si mesma. Definitivamente ela se amava. Todo aquele ritual me encantava.

Aprendi muito com ela. Também falávamos de coisas muito sérias e ela sempre me deu muita força. Posso dizer que também mudei bastante meu jeito de encarar a vida depois que a conheci.

O jantar foi na varanda, sob a luz do luar. De sobremesa sorvete.  Pode haver coisa mais gostosa? Amigos, comida boa, uma noite enluarada…

Melhor que isto?… só a história da mala, que contarei amanhã.