Como escolho meus amigos.

Blogagem coletiva - http://ideiasdemilene.blogspot.com/

Difícil dizer.

Creio que amizade acontece,  às vezes sem buscar.

Claro que tenho meus filtros, mas eles ficam mais na base da intuição, daquilo que percebo além dos sentidos.

Quero dizer que não escolho alguém pela aparência, muito menos pelo que ela tem e nem me impressiono pelo que a pessoa aparenta ser.

Presto muita atenção ao que ela diz, principalmente se existe coerência entre o que diz e faz. Analiso suas atitudes em relação aos outros. Não gosto de pessoas que falem dos outros , a não ser para elogiar.

Tenho encontrado muitas pessoas  interessantes através dos blogs. Basta ler aquilo que escrevem. É nas entrelinhas que as pessoas se revelam.

Sou muito exigente em matéria de amigos. Mas sou muito fiel aos que tenho.

Claro que já me decepcionei, faz parte da vida. Muitas vezes acreditei que seria amiga para sempre e a pessoa simplesmente some. É triste, mas tudo tem sempre um motivo. Talvez a pessoa tivesse necessidades diferentes e encontrou outras amizades que lhe pareceram mais apropriadas ao seu momento… Tudo na vida é tão relativo.

Não gosto de julgar as pessoas. Prefiro sempre ver o lado bom.  Fujo daqueles que maltratam animais, fazem piadas usando as dificuldades dos outros , não respeitam o espaço alheio, tem gosto musical duvidoso, não tem ética e, principalmente daqueles que tem preconceitos de qualquer espécie.

Isto me fez lembrar meus primeiros 3 amiguinhos de infância.

Tinha menos de 2 anos e morávamos vizinhos de uma família de negros. Havia um garotinho mais ou menos da minha idade. Chamava-se Miltinho. Não lembro muita coisa, só de seu rostinho redondo, de seu cabelo carapinha e de mim, buscando um espaço entre os sarrafos da cerca  e passando para o outro lado para brincar com meu amigo. Tempos depois me mudei, nunca mais o vi. A família dele foi para São Paulo e ficou so a lembrança e a saudade.

Meu segundo amigo também era vizinho de casa e havia nascido com lábios leporinos. A falha não permitia que falasse bem e o som era anasalado, difícil de entender. Mas amigo que é amigo se entende pelo olhar e pelos gestos. Seu cabelo loirinho contrastava com aquele do meu primeiro amiguinho, mas nada importava para nós. Só as brincadeiras. Seu coraçãozinho não tinha defeitos e ele  dividia comigo seu brinquedo preferido: um jipe de metal, a pedal, na cor vermelha. Andar naquele jipe era uma alegria. Cada um dava uma volta ao redor da  casa com ele. Hoje, é importante comerciante na cidade e, feitas todas as cirurgias, nem se nota que nascera com problema.

Minha terceira amiguinha foi também uma vizinha. Era filha adotiva de um casal já de idade. Na época ela deveria ter uns 9 anos, mas idade mental de 4. Nos divertíamos de manhã até a noitinha. Lembro-me do quanto pulávamos no monte de areia e dos muitos fornos que fazíamos na areia úmida, onde o pé servia de sustentação e, também dos tuneizinhos. Quando a família se mudou para Santos eu chorei muito. A mãe dela deixou comigo uma porção dos brinquedos dela como recordação. Ainda os tenho na memória. Eram azuis e tinha joguinho de quarto, de cozinha e tantas outras coisinhas. Quanta saudade!

Graças a Deus, sempre encontrei anjos em meu caminho. Já disse e repito, criei este blog exatamente para agradecer aos muitos anjos que encontrei pela vida e contribuíram de alguma maneira para minha vida ser melhor e que eu aprendesse sempre com eles.

 

APROVEITE E TROUXE SEU PRESENTE, MYLLA, PARA PROTEGER A MIM E A TODOS OS MEUS AMIGOS.